quarta-feira, maio 21, 2014

Projecto de Despacho de um Código de Ética para a Saúde do Ministério da Saúde

Reagindo ao projeto de despacho para a criação de um Código de Ética para a Saúde, José Manuel Silva, bastonário da Ordem dos Médicos, afirmou há poucas horas que as “intenções sem ética” do Ministério da Saúde de querer impedir os profissionais de denunciarem “as insuficiências” do Serviço Nacional de Saúde devem “gerar uma revolta nacional”.

O documento refere que, “salvo quando se encontrem mandatados para o efeito, os colaboradores e demais agentes da (nome do serviço ou organismo) devem abster-se de emitir declarações públicas, por sua iniciativa ou mediante solicitação de terceiros, nomeadamente quando possam pôr em causa a imagem da (nome do serviço ou organismo), em especial fazendo uso dos meios de comunicação social”.

O bastonário afirmou que “nenhum cidadão deste país se pode rever em leis de censura e de regresso ao ‘lápis azul’ de tempos recentes, de que ninguém guarda boas memórias”.

In "Jornal I"

As Rosas


Quando à noite desfolho e trinco as rosas
É como se prendesse entre os meus dentes
Todo o luar das noites transparentes,
Todo o fulgor das tardes luminosas,
O vento bailador das Primaveras,
A doçura amarga dos poentes,
E a exaltação de todas as esperas.
 
 
 
Sophia de Mello Breyner Andresen,
in "Obra Poética", Ed Caminho, Lisboa, 2010

sexta-feira, julho 15, 2011

Dividocracia

Documentário sobre a crise grega preparado pelos jornalistas Katerina Kitidi e Aris Hatzistefanou.


Rodado com dinheiro próprio e com donativos de alguns amigos, o filme tem exibição gratuita em http://www.debtocracy.gr.


Imperdível!


sexta-feira, junho 24, 2011

Sobre a crise, de Johan Norberg e Martin Borgs










Documentário de Johan Norberg e Martin Borgs sobre as causas da crise e uma séria advertência sobre as políticas que se têm seguido para a solucionar.




Retirado de LIBERTAD DIGITAL http://videos.libertaddigital.tv/2011-06-24/sobredosis-21949523.html




quarta-feira, junho 08, 2011

David Mourão Ferreira

Barco Negro


De manhã, que

medo, que me

achasses feia!

Acordei, tremendo,

deitada n’areia

Mas logo os teus

olhos disseram que

não,

E o sol penetrou

no meu coração.
Vi depois, numa

rocha, uma cruz,

E o teu barco negro

dançava na luz

Vi teu braço

acenando, entre as

velas já soltas

Dizem as velhas da

praia, que não voltas:

São loucas! São

loucas!

Eu sei, meu amor,

Que nem chegaste a

partir,

Pois tudo, em meu

redor,

Me diz qu’estás

sempre comigo.
No vento que lança

areia nos vidros;

Na água que canta,

no fogo mortiço;

No calor do leito, nos

bancos vazios;

Dentro do meu peito,

estás sempre comigo.

David Mourão Ferreira

sexta-feira, abril 29, 2011

48, documentário de Susana Sousa Dias



48

Documentário de Susana Sousa Dias

Imagens de presos políticos tiradas pela polícia política em 48 anos da ditadura portuguesa com depoimentos recolhidos na actualidade dos fotografados.

É absolutamente necessário vê-lo, pelo tema, pela qualidade, pela beleza.

A COR DA LIBERDADE

A cor da Liberdade

Quem a Tem...


Não hei-de morrer sem saber

Qual a cor da liberdade.

Eu não posso senão ser

desta terra em que nasci.

Embora ao mundo pertença

e sempre a verdade vença,

qual será ser livre aqui,

não hei-de morrer sem saber.


Trocaram tudo em maldade,

é quase um crime viver.

Mas embora escondam tudo


e me queiram cego e mudo

não hei-de morrer sem saber

qual a cor da liberdade.


Jorge de Sena

Poesia II



segunda-feira, abril 18, 2011

Desta Canção Que Apeteço


Desta Canção Que Apeteço, é uma interessantíssima exposição que reúne a obra discográfica conhecida de José Afonso. Constitui a mais completa mostra da discografia do autor realizada, abrangendo o período entre 1953, ano da primeira gravação, e 1984, ano da gravação de Galinhas do Mato.


Poderá ser visitada na Biblioteca Municipal de Grândola até 2 de Agosto.


Informação nas páginas http://vejambem.blogspot.com/





Desta canção que apeteço

À espera do Maio ido

Chega-me agora um trinado

Do outro lado do rio


Quisera ser rio ou ave

Cair no chão que estremeço

Para cantar à vontade

Esta canção que apeteço


Esta canção a meu gosto

Vinda pela madrugada

Sai da garganta da gente

Aos magotes pela estrada


José Afonso