O ser humano consome os recursos naturais a uma velocidade 25% maior do que a natureza é capaz de regenerar, indica um estudo divulgado pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF), a 24 de Outubro de 2006.
O relatório “Planeta Vivo 2006” apresenta um panorama devastador. Se o estilo de vida praticado atualmente se mantiver e não mudar para um formato sustentável, os sistemas naturais entrarão em colapso no meio do século.
Como a Terra consegue regenerar apenas 1,8 hectares por ano, a humanidade precisa de mudar a forma de consumir os recursos, diz a WWF.
A maior pegada é a do cidadão dos Emiratos Árabes Unidos, com 10,5 ha/hab. A do norte americano é 9,6 ha. Em Portugal são necessários 4,2 ha por habitante, mas o país só tem 1,7 ha de biocapacidade por habitante, pelo que tem um défice ecológico de 2,5 ha por habitante. 
A Pegada Ecológica de muitos países, sobretudo dos mais desenvolvidos, é muito superior à sua área político-geográfica. Fonte: Redefining Progress.
Cerca de 30% dos ecossistemas foram degradados desde a década de 1970. Segundo um dos autores do supra citado relatório, o pesquisador Jonathan Loh, da Sociedade Zoológica de Londres, não há registo de uma perda tão rápida na história do homem. “Nos trópicos, a queda é ainda mais dramática, à medida que os recursos naturais são explorados de forma intensiva.”
O grupo usou a perda de biodiversidade, em especial de animais vertebrados, como modelo de devastação: de 1.313 espécies, a população de 30% delas caiu drasticamente em 30 anos. Aqueles que vivem em zonas tropicais, incluindo mamíferos, répteis e aves, foram os mais atingidos. Em média, a sua população caiu 55%, enquanto que a de animais das zonas temperadas se manteve estável.
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