sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Zeca Afonso, poeta, cantor e andarilho

De não saber o que me espera

De não saber o que me espera
Tirei à sorte a minha guerra
Recolhi sombras onde vira
Luzes de orvalho ao meio-dia

Vítima de só haver vaga
Entre uma mó e uma espada
Mas que maneira bicuda
De ir à guerra sem ajuda

Viemos pelo sol nascente
Vingámos a madrugada
Mas não encontrámos nada
Sol e água sol e água

De linhas tortas havia
Um pouco de maresia
Mas quem vencer esta meta
Que diga se a linha é recta

Zeca Afonso

Sem comentários: