quinta-feira, junho 07, 2007

O mundo em que vivemos

A nossa sobrevivência depende da existência de alimentos, de uma fonte constante de energia, da capacidade de os vários resíduos que produzimos serem absorvidos e, assim, deixarem de constituir uma ameaça, bem como da disponibilidade de matérias-primas para os processos produtivos.

Um indicador contemporâneo de sustentabilidade é a pegada ecológica, que mostra a quantidade de área produtiva de terra utilizada para produzir o que se usa e se consome e para assimilar os resíduos.

O estudo intitulado Planeta Vivo, do Fundo Mundial para a Vida Selvagem (WWF), publicado em 24 de Outubro de 2006 e referente a 2003, estimou a pegada ecológica em hectares per capita e obteve os seguintes resultados:
Alemanha 4,5; Espanha 5,4; Argentina 2,3; Austrália 6,6; Brasil 2,1; China 1,6;
Estados Unidos 9,6 ha per capita (a segunda maior pegada ecológica média); Japão 4,4; México 2,6; Portugal 4,2; Suécia 6,1; Emiratos Árabes Unidos 11,9 (a maior pegada ecológica).
Em África apenas a Líbia (3,4) e a África do Sul (2,3) ultrapassam a pegada disponível: 1,8 hectares globais de área biologicamente produtiva por pessoa.

Ao apontar para as injustiças e desigualdades, a pegada ecológica mostra que a ética e a cidadania ecológica exigem a inclusão social dos milhões de pessoas marginalizadas, porque consomem abaixo das necessidades básicas.

Um compromisso de adoptar mudanças na vida do dia a dia nos transportes, no consumo de energia, na alimentação, levam à redução do número de hectares necessários para sustentar o estilo de vida.

Se continuarmos na nossa trajectória actual, até mesmo as previsões moderadas das Nações Unidas relativas à mudança, em termos de população, do consumo de alimentos e fibras e das emissões de CO2, sugerem que em 2050 a humanidade utilizará o equivalente a mais de dois planetas (dados do “Relatório da World Wildlife Fund” de 2006).

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