Sétimo Poema do Pescador
Como estrela cadente
como pedra rolando
na corrente
como lua caindo por detrás das dunas
como revérbero nas águas como reflexo
como um foco na noite
como um cigarro uma lanterna um astro
como escamas luzindo no canal
como o resto de um rasto
como um rastro
como um sinal: nada mais do que um sinal
uma luz a acender e a apagar.
Ou eu
a pescar.
(Lisboa, 26.12.96)
Manuel Alegre
Senhora das Tempestades
Fotos da Foz do Arelho, Janeiro de 2010
1 comentário:
UAU...
Imagens de encher a alma!!
Beijinhos
Enviar um comentário