medo, que me
achasses feia!
Acordei, tremendo,
deitada n’areia
Mas logo os teus
olhos disseram que
não,
E o sol penetrou
no meu coração.
Vi depois, numa
Vi depois, numa
rocha, uma cruz,
E o teu barco negro
dançava na luz
Vi teu braço
acenando, entre as
velas já soltas
Dizem as velhas da
praia, que não voltas:
São loucas! São
loucas!
Eu sei, meu amor,
Que nem chegaste a
partir,
Pois tudo, em meu
redor,
Me diz qu’estás
sempre comigo.
No vento que lança
No vento que lança
areia nos vidros;
Na água que canta,
no fogo mortiço;
No calor do leito, nos
bancos vazios;
Dentro do meu peito,
estás sempre comigo.
David Mourão Ferreira
David Mourão Ferreira
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