quarta-feira, maio 21, 2014

As Rosas


Quando à noite desfolho e trinco as rosas
É como se prendesse entre os meus dentes
Todo o luar das noites transparentes,
Todo o fulgor das tardes luminosas,
O vento bailador das Primaveras,
A doçura amarga dos poentes,
E a exaltação de todas as esperas.
 
 
 
Sophia de Mello Breyner Andresen,
in "Obra Poética", Ed Caminho, Lisboa, 2010

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