sábado, setembro 09, 2006


Fado Penélope
Sagrado é este fado que te canto
Do fundo da minha alma tecedeira
Da noite do meu tempo me levanto
E nasço feito dia à tua beira
Passei por tantas portas já fechadas
Com a dor de me perder pelo caminho
A solidão germina nas mãos dadas
Que dão a liberdade ao passarinho.
Enquanto meu amor anda em viagem
Fazendo a guerra santa ao desespero
Eu encho o meu vazio de coragem
Fazendo e desfazendo o que não quero.
A fome de estar vivo é tão intensa
Paixão que se alimenta do perigo
Do chão em que se inscreve a minha crença
Só ter por garantia ser antigo.

Letra de Manuela de Freitas

Música de José Mário Branco

canta Carlos do Carmo



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