As Nações Unidas adoptaram em 1975 a data de 8 de Março para lembrar as conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres assim como as discriminações e as violências a que ainda estão sujeitas em todo o Mundo.
Na verdade ainda existem muitas diferenças entre eles e elas.
No que se refere ao trabalho pago e não pago, em Portugal as mulheres trabalham em média mais 16 horas por semana do que os homens porque são as responsáveis por cuidar dos filhos e das tarefas domésticas. No emprego as mulheres chegam a ganhar menos 30% em cargos idênticos aos dos homens (na UE é actualmente de 18).
Um recente estudo da OMS sobre a saúde das mulheres e a violência doméstica, realizado em 10 países, indica que entre 15% e 71% das mulheres denunciaram violências físicas ou sexuais por parte do marido ou de um parceiro. Entre 4% e 12% das mulheres denunciaram abusos físicos durante a gravidez. Todos os anos são assassinadas cerca de 5 000 mulheres por familiares em nome da sua honra.
A nível global são desafios fundamentais para políticas em matéria de direitos humanos. A persistência de constituições e de legislações que permitem discriminar de forma flagrante as mulheres compromete o desenvolvimento dos países em todo o mundo. A violência contra as mulheres traz consequências negativas directas no acesso das mulheres à educação, ao mercado do trabalho e à sua participação na vida pública. O impacto da marginalização das mulheres não prejudica apenas as mulheres, mas dificulta também a emancipação das comunidades locais.
Mondigliani
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